quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Imposição
Oposição
Inquisição
Uma idéia morta
Nunca morre sozinha
São várias...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

PicNic

Com Bottecelli
Velvet Underground e Eva
Eva underground em Vênus
Eva alternativa em Afrodite
Ah! O design da palavra

As bananas desmistificam o ar angelical
Nua e Crua
A maçã é a vilã escrita
Na bíblia dos apóstolos Grimm
Nuas e Cruas
As fibras
As frutas
E as Deusas

domingo, 18 de dezembro de 2011

Enquanto o mundo se põe
Estrelas artificiais oscilam
alternadas
Mas de vez em quando
as persianas sussurram
entre si
alguns segredos do vento.

domingo, 11 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

Ao Prometeu

Manhãs...
Manhãs de Prometeu
Apertam o passo ao homem
Espinhando o calcanhar
As odeio quando chegam
Quando vêm e cobram
por tudo
o que não foi feito
o que não deveria ter sido feito
pela luz trazida à Noite.
Manhãs manhosas!
Manhãs mimadas!
Queridinhas ciumentas.

Tah osso!

No meio do caminho
tinha uma panela de pedra
com sopa de ossos
no meio do caminho
Jamais me esquecerei
a tampa era pesada.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Foram-se em partes
Secas rachaduras
Fendas para o árido
E não há nada que se faça
Pois tudo isso passa
Enquanto enferruja
Enquanto permito
Todo esse gasto
Todo esse gosto
Amargo
Independente
Autônomo
Já não se sente
Já não se espera
Goteja
Em gelo à água
Não se ouve
Enquanto ainda vive
Doente o Pífio
Tudo isso está morrendo
Está morrendo
Morrendo
Em mim

domingo, 13 de novembro de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Sem branidos!
Desgasta-me o propenso
O Solícito aparente
Prefiro o passo esguio
O salto volátil
Um sorriso pra Alice
Lua minguante
O gato é a noite
O dia é o cão

sábado, 29 de outubro de 2011

Eu gosto do jeito
Como o semáforo
Reflete em vermelho
Verde
Amarelo
As poças das chuvas
Na rua
Em
Amarelo
Vermelho
Verde...
Passa um carro.

domingo, 16 de outubro de 2011

ÉÁGUA


Meio chateado
Acordei
Pensei que fosse fome
Talvez seja fome
Talvez seja tudo isso
Talvez seja
Tudo isso
com sabor de nada

sábado, 8 de outubro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O tripé de quinze dedos porta o espelho...
enferrujados...
dos velhos aos novos...
heranças entre vivos e mortos.

domingo, 28 de agosto de 2011

É que todas essas coisas
que chegaram de repente
fazendo barulho
ocupando espaço
não estão
não estou
não estão
assim...
Tão certas.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mas por onde andará
aquela vida?
Por qual caminho terá seguido?
Se foi
para um onde eu não sei
Eu segui
Segui para um onde eu não sou.
Acho que sou eu
Acho quem sou
eu que não sei mais.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Um + Nada = Zero

E lhe foi avisado que para hoje não havia mais nada.

E ele ficou assim indiferente, a princípio... Mas depois aquela sensação de nada para hoje começou a incomodar. Afinal, ele queria evitar algo, postergar outro algo, ou fingir que certa coisa, qualquer coisa, não estava acontecendo. E agora ele estava ali, sem nada... Fazendo nada, evitando nada. Que inquietação! Tudo! Tanta coisa possível que poderia ser ignorada se simplesmente acontecesse.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Dança do Surdo

De longe
meu tambor toca aflito ouvindo o passo do seu traço
busca ritmo antigo que se perde
descompassado pelo tempo
em tempo,
agora o ruído é melodia
que surda a distância e busca o tom
O que por nós foi feito...
feito
Enfim somos sempre orquestra
Então lembra
Ressona
E é feita nova música.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

E quem espera amor
ou escreve amor
em vida
que se manifesta em violência?
enquanto alguns acham que ela se foi
pelo corte
pela forca
pela força
perdida
ela suspende
ela levita

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Alongar-se

Inicia-se...
Em qualquer lugar que se encontre
Em nenhum instante que se espere
No momento em que passa o tempo
Lá, além do que se acha
Tenha sido desgraça
Em alguns segundos
Comece! Repassa
Que em um dia
Um dia
Tudo
acaba
Qualquer lugar
Em nenhum instante
No momento
Que passe o tempo
Tenha sido
Em alguns segundos
Comece!
Não aqui
Agora
Tudo
Um dia
acaba

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Havia três Lírios na cozinha,
Um deles perdeu
Duas pétalas...
Três estames...
Que tristes
Esses últimos nove minutos.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Solar áureo do Scarabaeidae

Por um passo
Pelo escaravelho tatuado no rastro
Porta o sol, a solícita criatura
Ilícita
Ilícitos são dois
Um...
Dois
não sóis
De céu minguante só seus
Esfingíndeos mutáveis
Esfinges miméticas
colibris müllerianos
o vôo aposemático

Não sabem os astros
Dos donos dos rastros
agudos
Que traçam o caminho...
Que tecem o tempo
Ignorantes
Aos novos sóis
Aos nossos vós
Aos vossos sós
Astros inflados
Tempestivos Cegos
Segos na gravidade íntima
Dobram o tempo
Moldam
Renascem da dimensão informe
O vôo que se sabe
O rastro que se vive
O salto que se espera
Antes do poente

quarta-feira, 18 de maio de 2011

é do desarranjo
do torto
desequilibrado
é do manco
doente impreciso
não visto, não quisto
do amargo
sádico sinto
áspero afago apego
ao fel escrito

segunda-feira, 9 de maio de 2011

No Campo

E eu que esperava
Esperava até que me inspirasse
Mas não me inspira
Não romântico
Foi me basear no acaso
Na paciência, na ansiedade
Na inteligência
No oportunismo
E em dois cigarros

quarta-feira, 27 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vejo o amanhecer pelos outros
Vejo amanhecer pelas janelas dos outros
amanhece
azul
azul
laranja
azul

terça-feira, 5 de abril de 2011

Eu
Sou
Um cara
Sozinho
Que já não
Sei mais
o que fazer
com a companhia
dessa
Solidão

domingo, 27 de março de 2011

É o que lhe parece?

É que toda essa música
É que toda essa solidão
É que todo esse silêncio
Parece-lhe
Parece lhe cortar
Parece lher cortar por dentro
De um modo tão bom

terça-feira, 22 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

CABEÇA_DE_RÁDIO
CABE/ÇA|DE|RÁDIO
CABEÇA*DE¨RÁDIO
Eu também sou ruído
que faz melodia

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sinto falta do tempo em q eu era um garoto simples e legal, me tornei complicado e difícil, difícil demais. Eu era tão simples, olhando a paisagem.
Desculpem-me por eu não me desculpar por minha grosseria,
mas o fato é que acredito que eu estava certo.
A vida me tirou o hábito gentil, foi assim que ela me ensinou.
Eu não consigo utilizar meias palavras,
sou manco em eufemismos...

sábado, 5 de março de 2011

Eu ouço... 
Pisadas firmes
Passos pesados
Estremece
Há um elefante branco na sala
Ouço
Pisadas pesadas
Passos tortos
Há um elefante na sala
Ouço
Pisadas, passos gigantes
Não acredito
É verdade
Eu não o vejo
Eh
Agora quebrou
Não há volta
E o pior é saber que eu seria uma pessoa pior
Com isso acontecendo
Ou não acontecendo
Não aconteceu
E aconteceu o pior
A diferença é
Eu seria alguém pior feliz
Eu sou alguém pior...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

1000 pesos no futuro
novamente
esqueça!
Não se preocupe
Essa balança não lhe pertence...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

É porque são portas antigas
fechadas
que se matêm cerradas
ao todo novo que vem
abruptas em seu íntimo
que permaneçam fechadas
portas...
pois o novo já transborda
e submerge suas fechaduras e maçanetas
envolve suas bordas e passa pelas frestas
inunda
banha os seus cadeados antigos
e que os arrebente!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

eu mostro meus passos de atraso
e você mostra os seus passos no escuro
essa é a nossa dança sem brilho
individual
mas própria apropriada
E é sério que minha vida não é para sorriso bonito na praia, minha história é outra.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Minas é um profundo
Minas é um interno
Minas é um longo suspiro
Minas continua com você
Mesmo quando se foi.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

É que tem estada vazio
Tem sido vazio aqui dentro
O vento não tem nem poeira pra levantar
Mas tem se movido
Queria ver algo
Queria ouvir algo
Que substituisse a vontade
de nada
Pela vontade
de algo
Que pudesse mover meu coração
E acalmar a minha mente
Queria um canto novo
de pássaro morto

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Estranho...
Minha cabeça está ecoando
Como se eu já conhecesse coisas novas
É que não existem mais coisas novas né?
Também
Para que tanta coisa que existe?

Dúbio Danúbio Dumbo

Homem é bicho complicado
Que faz, faz e complica
Bicho é esperto
Bicho é simples
Bicho faz e pronto
Ponto
Mais dois

Mas é que Bicho não tem vontade
Quero dizer...
Escrever...
Vontade tem né?
Bicho não tem consciência
Bicho é feliz (sem consciência)
Mas o bicho Homem também é feliz sem saber
Nem sempre...
Quase sempre...
Mesmo assim complica
Oh Homem Bicho Burro!
Olha a cobra! Nem tem pernas e anda...
É mentira! Ela rasteja... Serpenteia...
Mesmo assim ela se vai
Homem fica complicando
Homem nem é Bicho
De tão complicado que é
Era pra ser
Mas não é
Porque resolveu complicar
E ficou tão difícil
Que parece que já li isso em algum lugar
Que parece que eu nem consigo...
Eu nem consigo!
Me lembrar o fim que pensei para essa M...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Seria como?
Seria como esperar água...
Seria como esperar...
Água
De nuvem que não chove.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Na verdade não é tão ruim
É fácil acostumar-se
É que às vezes somos chuva de verão
Que passou.
Já nasceu mais uma
De narinas esvoaçadas
Narinas esvoaçantes
Em meio a deuses esquecidos
Pagão!
Contexto pagão com néon
Fashion Pagan

{Em criação com Andréia Carvalho, borbulhar idéias em frigideira rasa}

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Subjetiva
Dislexia
Pode deixar a leitura mais interessante
Seria simples:
O Tempo levou a ansiedade!
Tirou-me a força de me embriagar
Com a música
Com a bebida
Com você
O quanto eu me importo?
Seria simples...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

É preciso sair daqui
Colocar os passos em seus caminhos
Não tenha medo
Você também tem o direito de ser fraco
De ser o menor
De ser o último

Realmente,
É um caminho longo...

Mas não é preciso que alguém se importe,
Ainda há um longo caminho...

Alguma Descrição

Então... Dentre as sete imagens recorrentes em minha mente (as quais me percebo pensando nos não raros momentos de distração) esta corresponderia a uma das últimas, caso realmente haja uma cronologia entre elas:
Acredito que eu tenha 32 anos ou esteja um pouco mais jovem. Estou só, dirigindo um carro azul marinho antigo (ou só de design “retrô”), subindo aos poucos em direção ao oeste. A estrada é boa, estreita, asfaltada e reta, se tornando mais e mais esguia no longo caminho que segue... Não sinto a falta de ninguém, mas parece que deixei de fazer algo. Há alguma pasta,mochila ou bagagem no centro do banco traseiro, parece ser algo marrom e de tamanho médio.
O sol já se pôs, mas ainda há muita luz no ambiente, o céu está alaranjado no limite do horizonte, se misturando ao todo restante azul claro. Posso ver o que restou das grandes nuvens da tempestade que passou, elas são muitas e se concentram mais ao sul, estão esguias, arrastadas lentamente pelo vento fraco que passa às alturas, algumas ainda estão arredondadas, de um cinza escuro iluminado de laranja...
Aqui em baixo, ao redor, nada se move, à direita, ao norte, posso ver um longo gramado, de um verde jovem e claro, que se estende sobre as colinas além do limite da visão. Ele parece estar coberto por orvalho, mas é a água da chuva, que também está presente nas finas rachaduras da estrada e em suas extremidades.
À esquerda, logo atrás de um estreito matagal, há uma floresta densa, de árvores baixas e retorcidas, suas folhas são escuras e parece haver muita umidade, não pode ver-se muito de seu interior. Eu não sei bem por quanto ela se estende, mas ela tem se mantido ao meu lado durante o caminho, apesar de parecer ser pequena. Eu evito olhar nesta direção, mantenho minha visão à frente e de vez em quando procuro algo sobre as colinas...
Não há mais nada vivo além das plantas... Meu rosto está apoiado sobre a mão esquerda, do braço que se apóia na porta do carro, rente ao vidro que está cheio de gotículas que escorrem por ele. Toda a lataria do carro está molhada também.
Tenho pensamentos inconclusivos, parece que tento lembrar algo que sempre foge à mente. Não estou atento e há uma música em pause no som do carro... Eu gostaria de ouvi-la, mas percebo que precisei de silêncio, e ainda resisto um pouco dentro dele... Quando olho para o display, tenho a impressão de ler “TRAVIS” nas letras azuis brilhante. Sempre acho que é alguma música deles... Gosto muito de “TRAVIS”, mas não vejo a razão de ouvi-los enquanto dirijo, talvez porque muita coisa mudava quando conheci esta banda. Mesmo assim, acho que poderia ser “KEANE” ou “RADIOHEAD”. Estranho não ser “THE KILLERS”, eu sei que vou ter muitas lembranças ligadas às músicas deles...
Há o cheiro de terra molhada, não posso senti-lo porque as janelas do carro estão fechadas, mas sei que está presente. Está um pouco frio também, não percebo muita alegria, tudo parece um pouco melancólico, nostálgico. Também sinto algo semelhante à esperança, mas não é bem isso, há paz e o clima de bonança é expressivo.
Como as outras imagens, esta também não tem um ponto de início ou fim, ela se estende na mente, enquanto mantenho o caminho ao oeste e me vêm outros pensamentos ou me lembro do que estava fazendo e continuo a atividade. E é isto.

{Esta descrição é real (no meu conceito de realidade, não no seu, que eu não conheço...). Tinha essas impressões por volta de 2007. O texto é original de 2009... Acho...}
{1}Nada do que é muito belo é construído sem sofrimento. {2}Às vezes eu quase tenho a certeza de que nasci para admirar a beleza das coisas que são tristes. Isso não quer dizer que eu goste que elas aconteçam, ou que eu queira isso, mas elas também têm sua beleza.

{ }Um acidente... Fusão de dois fragmentos perdidos... Criação.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

sábado, 8 de janeiro de 2011

Eu sou um verme, um verme das feridas... Enquanto pulso pequeno, alimento-me do podre, limpo o sadio e o mantenho vivo... E acima de tudo... Causo-lhe asco.
Justiça Divina, do Tempo e dos Homens
Não seja cruel
Seja condolente
Com um ser doente
Sem esperança
Como gostar do vento se você só o vê pela janela fechada?
Um parasita
Destinando a ser parasita
Se alimentando e crescendo das emoções alheias
Amarelo
Raquítico
Sem clorofila...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A culpa é de Ícaro por querer estar rente ao sol? Ou de seu pai, que lhe deu asas de cera?
Queria ter tempo para fazer tudo o q tenho vontade...
E, principalmente, mais tempo para não fazer nada.
Nem tudo o que eu afirmo ou questiono, o faço por acreditar que assim seja. O faço muitas vezes para confrontar meus próprios pensamentos, solidificar minhas crenças e frequentemente cair em contradição.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Esta é a pequena erva
A qual, com a menor esperança de orvalho
Enverdece, Cresce, celebra...
Mas se a ela é dada pouca água
logo seca
pois sua natureza é seca
está seca
sega
Não acredito em nada disso que vai se tornar real
Com certeza são várias mentiras...

GATEODS

O Gato
Gosta do gosto de gasto
A gata
Desgasta o gosto do gato
O gato
Desgosta do gosto da gata
Gato
Gata
Desgosto de gasto
Cuidado com essas verdades que sua boca insiste em dizer
Ninguém valoriza sua autenticidade
Ninguém está pronto para a sua sinceridade
Ninguém se interessa por ela
Deixe que cada um viva suas próprias fantasias
Fantasias do que ser...
Fantasias do que quer...
E tenha coragem para viver as suas.
Mas se quiser continuar neste caminho
Tudo bem...
A verdade sempre leva em passos longos a algum lugar
bom ou ruim...
Mas quando você perceber, já estará lá.
As pessoas se desgastam
As vidas se desgastam
Os relacionamentos se desgastam
E são substituídos por novas promessas de felicidade
Que se desgastam...
Eu sou um cachorro
Que Sempre acorre ao teu carinho
E você acorre ao meu...
Quando necessário
Eu sou o vira-latas sempre disponível
Projetando ser alguém da família
Sem nunca ser
Porque quem é da família senta-se à mesa
Senta-se e ceia...
Eu sou...
Sou com reticências.
Vai
Escorre
Flui por mais estas frestas
Você nunca vai entender
Você não vai entender
(...)
Não vai saber
Vai
Escorre
Por mais estas frestas
Rasteja no tempo
Seu tempo
(...)
Você não vai entender
Não vai ver
Escorre
Ser
Interessante.
É culpa sua
Tudo o que você sente
Tudo o que você sofre
É culpa sua
Tudo o que você não consegue
Tudo o que não deveria ter acontecido
É culpa sua
E não se engane
Que foi pelo outro
Foi por você mesmo
Porque a culpa é sua
E não se engane que dependia de algo
Dependia de você
A culpa é sua
Você faz por vc mesmo
Você vive por vc mesmo
Você sofre por vc mesmo
Porque a culpa é sua