domingo, 22 de julho de 2012

Construíram-se muros
Chaves e Portas
e portas e portas
Degraus
Acima
Tão alta
Elava-se a torre
Chaves e Portas
e portas e portas
Silhueta distante
solitária torre
raízes ao chão
de outros e outros
que passam
que passam

terça-feira, 17 de julho de 2012



Foi um momento de distração. Estava escrevendo aqui no meu quarto, notei que estava muito escuro, mas ainda eram 16h, fui à janela, me lembrei que era inverno, e do porquê de eu gostar do inverno, do amarelo dos postes e dos faróis refletidos no asfalto molhado (que me lembra ao som das rodas sobre o asfalto... não da luz em si, é como se a luz me fizesse ouvir um som que não está presente, apesar de estar). Então eu fiz isso. Tudo que parece melancólico, na verdade é muito bonito, seria legal se as pessoas sofressem menos com o inverno, com o frio, com a chuva. As pessoas poderiam ter mais atenção a tudo isso, essas coisas merecem atenção. Tudo que é efêmero merece mais atenção. Agora, o vapor d'água sobe sobre o viaduto molhado, vejo daqui, é como se ele respirasse... Os carros passando sobre um viaduto que se aquece na noite de inverno. Eu tenho vontade de ficar vendo isso por todo o tempo, até que acabe... Eu não sei por quanto tempo o viaduto continuará vivo.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Faça-se surto
Faça-se surdo
Faça-se alto
Enquanto Permaneço
Canto Inaudível
Seus olhos temem
A mim
Que descendo à flama
Que se faz ciência
Se faz legião
De criadores
E mesmo traído
Está feito
E permaneço
Leal
Aos que agora
Somos sinfonias
Onde mora?
Onde mora?
Navio Náufrago
é feliz
Triste é
navio
no porto.