terça-feira, 20 de novembro de 2012

ÔH meu bem
Não seja assim
Um trem
Pesado Transversal
Trancado
Atravessado
Na avenida
Atrapalhando a vida
De todos que só vão
E vêm

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Penso que sou um gêmeos
Que deveriam ter-me separados na pré-ontogenia gestação
Hemisférios conflitantes preso de nervos

terça-feira, 16 de outubro de 2012

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

concentrar:
“tornar mais denso ou mais forte
pela redução do volume”
Em fuga centrípeta
A Luz se afugenta
<Condensa>
> D i s p e r s a <
a Sombra
frincha
greta
fenda
desdobra frestas
expande arestas
angulares retas
setas sombras
ultrapassam
velozes
setas
luz

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Eles nunca sabem muito bem o que fazem
Erro Esquerdo
Erro Direito
Um dia
acertam uma pedra
E aí
o tropeço é sucesso
Luciferiano
queria cegar o olho do universo
em 7 dias
100 partículas
sem átomo
sem gluón
sem bóson
sem luz
sem razão de matéria
sem gravidade...
100 dimensões ocas
vácuo...
não há nada que se busque
100 armadilhas vazias de demiurgo

pois em nada que existe
reside a paz

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Deriva

O sentido da vida é simples, é um aprender a desgostar. Usualmente você não gosta de nada, é normal, é assim mesmo... Eventualmente você se interessa por alguma coisa, alguma ideia, alguma intenção. Nesse momento você passa a cultivar isso, querer que isso cresça, que produza, que se realize. Mas geralmente não se realiza. Parece injusto, é revoltante, afinal, em um mar de tanto não gostar, esse algo apreciável parece dar sentido às coisas. E nesse momento mora o engano, afinal, nada tem sentido, apesar de nossa constatação parecer tão linear. É nessa etapa de epifania frustrante (que não deveria ser) que vem a fase do aprender a desgostar, e tudo volta ao mar de desgosto. Boias no mar de desgosto.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

E assim
Parece
Que o peso
De tantas escolhas
De tantas histórias
Sufocam as portas
Colabam janelas
É Implosão

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pelo nome dado
Não o vejo
Só às vezes
Ornamento
de primavera
Batimento solitário
Como gotas
em face de poço
Como lentes
Ao fundo da noite
Mira
Colisões de estrelas
Memória
Um, dois e muito mais
Pulsa ondas
Nas raízes paredes
Do túnel árvore
Estava concebido
não desenvolvido
Mas por pouco
Não é morto
Em um instante
de não ser salvo
Na memória
Seria aborto
Por preguiça
natimorto

domingo, 19 de agosto de 2012

E eu não vou

Porque não passeio nos domingos de sol
Porque não gosto dos lugares que as pessoas gostam
Pensei...
Estar sozinho
Pensei...
Estar sozinho por não ter a compreensão de ninguém
Pensei...
Estar sozinho por ninguém compreender.

domingo, 22 de julho de 2012

Construíram-se muros
Chaves e Portas
e portas e portas
Degraus
Acima
Tão alta
Elava-se a torre
Chaves e Portas
e portas e portas
Silhueta distante
solitária torre
raízes ao chão
de outros e outros
que passam
que passam

terça-feira, 17 de julho de 2012



Foi um momento de distração. Estava escrevendo aqui no meu quarto, notei que estava muito escuro, mas ainda eram 16h, fui à janela, me lembrei que era inverno, e do porquê de eu gostar do inverno, do amarelo dos postes e dos faróis refletidos no asfalto molhado (que me lembra ao som das rodas sobre o asfalto... não da luz em si, é como se a luz me fizesse ouvir um som que não está presente, apesar de estar). Então eu fiz isso. Tudo que parece melancólico, na verdade é muito bonito, seria legal se as pessoas sofressem menos com o inverno, com o frio, com a chuva. As pessoas poderiam ter mais atenção a tudo isso, essas coisas merecem atenção. Tudo que é efêmero merece mais atenção. Agora, o vapor d'água sobe sobre o viaduto molhado, vejo daqui, é como se ele respirasse... Os carros passando sobre um viaduto que se aquece na noite de inverno. Eu tenho vontade de ficar vendo isso por todo o tempo, até que acabe... Eu não sei por quanto tempo o viaduto continuará vivo.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Faça-se surto
Faça-se surdo
Faça-se alto
Enquanto Permaneço
Canto Inaudível
Seus olhos temem
A mim
Que descendo à flama
Que se faz ciência
Se faz legião
De criadores
E mesmo traído
Está feito
E permaneço
Leal
Aos que agora
Somos sinfonias
Onde mora?
Onde mora?
Navio Náufrago
é feliz
Triste é
navio
no porto.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Decepções em um Estado Hoje

Se persiste o ensaio à cegueira, ofereço elogios à surdez.


PS: Mediocridade me espanta... Não sei lidar com isso. Agradeço à minha amiga, Andréia Carvalho, e a todos os demais companheiros construtivos não lineares, dentre eles, em especial, Lucas Ramos e Aline Martins, pessoas com quem eu sempre posso ter uma conversa aberta e argumentativa livre, livre de si mesma e dos próprios preceitos pessoais: Sincretismo construtivo e pragmático.
Limita-se quem quer... Eu prefiro não me submeter a essa mediocridade voluntária. Sinto-me decepcionado... Isso passa, pois evoluo. Medíocres, permanecem medíocres, enquanto não se extinguem, diluídos no tempo e por todos os novos nichos de criação. Assim espero para todos esses que sofrem da Síndrome de Mestre dos Magos.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Paradigma das Telas

quebram-se os planos
insone redimensiono
menciono
refaço
fome
refaço
sono
refaço
erro
refaço
paredes
tijolo laranja
aceso e acerto
às conversas da noite
onde há sombra amarela


quinta-feira, 31 de maio de 2012


de junho
e eu juro
um julho
melhor.

Por d(t)uas portas abertas

Troca-se o pão
Tranca-se a prata
Traga-se o fôlego
Vougue vagueiam
os vultos às voltas
de molhos chaves
não vistos
Os visto
Besouros
Anônimos
em galerias
procuram domínios
e findam sem créditos
nas grades de pixels...
Aqui se compra!
Aqui se paga!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Ao Chegar

Nove – Três
Doze – Seis
O passar da seta
O Passo | A Pressa
Agulha em Aquiles
de calcanhar a tornozelo
Fringe... Sibila... Fíbula e Tíbia
Cis-passam | Trans-passam

Folhas
Sempre as vejo
Árvores
Das quais nunca sei o nome.
O Mundo anda absurdo
em passos l-a-r-g-o-s
ultrapassa a razão
se -afasta- da fé
ao surrealismo
em 1 corrida
à barbárie.
Eu tinha 1 mês
Agora teria 2
Se continuar a me enrolar desse jeito
Não terei nada.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Luz acima
ao chão reflete
vermelhos
verdes
ocres
amarelos
alongados
quando chove
fica mais bonito
não sei se pelas janelas
lavadas
ou se por fora
lavado

sábado, 19 de maio de 2012

além do que quero
nessas noites
em que nada me é
me vem
ao nada ser
o necessário:
ser alguma coisa

vem,
volta
e pergunta outra vez
sem resposta

se quer saber
mesmo sem precisar
(sem saber se precisa)
tem-se a dúvida
o que se quer
é a resposta

quinta-feira, 17 de maio de 2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

domingo, 13 de maio de 2012

Poderia estar dormindo
com dragões
Internos
Revoltos
Em chamas
E nervos
Estaria
Dormindo
Vulcão

sábado, 28 de abril de 2012

Hei!
Daqui de baixo
Você consegue ver

Aquele sorriso?
Olhar brilhante
Dentre nebulosas

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Em que lugar
De um dia inteiro
Compra-se o silêncio da noite?
A noite
Se sente
O pulso
Que a terra respira.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Direito
Esquerdo
Antes
Após a lente
Vejo
Nos meus Óculos tortos
Sobre a cara
Forçada simetria
Bilateral
Uma vida torta
de muito mais coisas
Enquanto se ajeita sobre o nariz.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Enquanto as vísceras colabam em canto de pátrias
Sedentas
Alimentam-se de um fio color
tênue e corrediço
Esguio entre os ventres de vários
Calando as vozes dos muitos em Um.
Do contrário
Do inverso estripado...
Quero intestinos abertos em redes!
Explodam em teias de assimilação
Xifópagas mentes
Cantem em ritmos de diversas línguas
Pois não há mais Uma direção
Quando a direção não mais imposta
Não mais importa.

terça-feira, 3 de abril de 2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

Às vezes
se conhecem
Rostos estranhos
sem Vozes
Vozes estranhas
sem Rostos
Às vezes
é engraçado
quando se encontram
estranhos
nem sempre combinam

domingo, 18 de março de 2012

sexta-feira, 16 de março de 2012

do que eu
queria agora
só tinha a música
só tinha o cigarro
só tinha a bebida
não tinha a varanda
não tinha você

sábado, 10 de março de 2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

Em sete dias... Talvez.

Foi que em um dia assim, que nem belo era, morreu a Crença. A notícia se espalhou rapidamente, mas ninguém conseguia acreditar... Afinal, a Crença havia morrido. E como qualquer notícia do que não se sabe ao certo, a morte da Crença se espalhou tal qual epidemia. Mas ela não poderia ter morrido! Com sua morte, levaria a família do Objetivo, a Esperança adoeceria... Qual seria o porquê de se fazer algo? Sem a Crença não! Mas ela havia ido... Talvez... Se não estava mais presente, até disso, todos duvidavam.
Sem a certeza de sua presença, aos poucos, as coisas foram parando, enrijecendo... Sem Crença não daria para ir muito longe mesmo. Por que ir? Companheira de todos os fins e justificativa dos meios, a Crença largara todos em entremeios. Alguns ainda tentaram se apegar à Fé, mas é duro lutar ao lado da Fé... Não por ela, a Fé é durona e perseverante, como dizem, por si só, não costuma falhar, contudo, quem se apega a ela tem dificuldades de acompanhar seus passos, ela vai muito além, algo difícil de fazer-se sem a Crença.
Logo, o Silêncio imperava, apesar de alguns ainda pensarem ouvir algo. Algo deveria estar sendo ouvido... Não? É... Poderia ter sido simples, poderia ter-se continuado. Todos poderiam ter permanecido a fazer por Nada, a sonhar por Nada. Mas o Nada, nada garante, e a Crença pertencia ao mundo das Recompensas.
São donos desses passos tortos
Os calcanhares machucados
Hora de deitar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

para ver
ver se ficaria apenas
ver se ficaria esperando
ver se partiria pra outra
ou ver se partiria pro nada...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012